Cerca de 50% dos acidentes que envolvem as mãos ocorrem no domicílio e as crianças são as mais acometidas devido a curiosidade comum dessa fase da vida, que leva os pequeninos a tudo tocar ou levar a boca. As lesões mais comuns são os esmagamentos de dedos e das mãos por portas e janelas, as queimaduras (elétricas, químicas e fogo), e os cortes com vidros e objetos cortantes (facas, tesouras).
De acordo com a SBCM, um levantamento do Ministério da Saúde aponta que a cada ano são registradas 6 mil mortes e mais de 140 mil internações na rede pública de crianças abaixo de 14 anos, vítimas de acidentes domésticos, o que representa um custo de 63 milhões de reais para o Serviço Único de Saúde. A prevenção depende de medidas informativas aos adultos para a conscientização dos riscos mais prementes aos acidentes em casa, pois a criança sozinha não é capaz de avaliá-los e muitas áreas da casa, como a cozinha e a área de serviço, acabam-se tornando locais potenciais para acidentes.
Prevenção passo-a- passo Os acidentes infantis registram maior ou menor incidência de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento motor da criança. Medidas simples desde a mais tenra idade garantem a segurança e a integridade física dos pequenos dentro de casa. A cada fase, os cuidados aumentam e se integram aos da faixa etária anterior.
0 a 6 meses Nesta fase, os principais traumas são causados pela água do banho, quente demais para a pele do bebê, ingestão de pequenos objetos, quedas das mesas de troca e asfixia por cobertores e travesseiros. Para evitar queimaduras, o adulto deve testar a água com o cotovelo e evitar beber líquidos quentes com a criança no colo. Os brinquedos devem ser grandes e resistentes, sem pontas, arestas e peças soltas. Na hora da troca, todos os objetos necessários devem estar à mão. Deve-se evitar travesseiros fofos e cobertores pesados.
7 aos 12 meses A partir desta idade as crianças já começam a engatinhar, a ficar de pé e andar. Também é nesta fase que colocam tudo o que veem na boca. A atenção deve estar voltada para a cozinha, o local mais perigoso da casa. O ideal é bloquear o acesso, pois líquidos e alimentos quentes, fios elétricos, forno e fogão são riscos potenciais.
Remédios, venenos, produtos de limpeza e demais substâncias tóxicas devem ser mantidas nas embalagens originais. Para evitar quedas, é indicado bloquear as escadas com portas e portões, e baixar o estrado da cama.
As tomadas precisam ser protegidas.
1 a 3 anos Nesta idade, as crianças já abrem portas e gavetas, escalam móveis, correm e não tem nenhuma consciência do perigo. Recomenda-se o uso de pratos e copos plásticos e a inspeção dos móveis, a fim de eliminar do caminho aqueles com quinas e bordas cortantes.
No banho, recomenda-se o uso de tapetes antiderrapantes e a instalação de grades e nas janelas.
3 a 5 anos Mais conscientes, as crianças desta faixa etária aceitam e respondem às orientações dos adultos, mas ainda são impulsivas. Nesta fase, a criança interage com outras, tem melhor equilíbrio para correr, e começa a se arriscar em atravessar a rua. Também neste período elas sobem em árvores, ficam em pé nos balanços, brincam com mais violência e reconhecem frascos de remédios. Vigilância severa é a maior recomendação.
6 a 12 anos Aos seis anos, a criança explode em energia e constante movimento. Com um tempo de concentração breve, elas iniciam novas tarefas que não conseguem concluir, são autoritárias e sensíveis. Aos sete anos, elas ficam mais quietas que aos seis, mas são mais criativas e gostam de aventuras. Dos oito aos dez, são curiosas em relação ao funcionamento das coisas, tem maior autonomia para realizar tarefas.
Dos dez aos doze, são intensas, observadoras, acham que sabem tudo, são energéticas, indiscretas e argumentadoras. Querem ser líderes e aceitas nos seus grupos, buscando, muitas vezes, atitudes radicais. Durante esta faixa etária, em que os filhos estão longe de casa, por vezes durante horas, disciplina e orientação são essenciais. A escola e grupos comunitários partilham de responsabilidade por sua segurança.
Adeptos das práticas esportivas, podem querer imitar um ídolo ou heróis infantis simulando situações de perigo.
Evitando os vilões domésticos na Cozinha
Produtos químicos e materiais de limpeza
Tomadas e fios
Cerca de 50% dos acidentes que envolvem as mãos ocorrem no domicílio e as crianças são as mais acometidas devido a curiosidade comum dessa fase da vida, que leva os pequeninos a tudo tocar ou levar a boca.